A Venezuela possui uma dívida de US$ 20,7 milhões com escritórios de advocacia dos Estados Unidos que estão envolvidos em processos judiciais contra credores que tentam recuperar valores não pagos de títulos e nacionalizações ocorridas há mais de 15 anos, conforme revelado em um documento examinado pela Reuters.
A nação sul-americana tem uma dívida de mais de US $ 60 bilhões com acionistas e empresas devido à nacionalização realizada durante a presidência de Hugo Chávez, além de títulos predefinidos emitidos pelo país e pela empresa estatal de petróleo PDVSA.
Alguns tribunais dos Estados Unidos autorizaram os credores a negociar a venda de ativos venezuelanos no exterior para recuperar dívidas, incluindo a refinaria Citgo, um dos principais ativos estrangeiros da Venezuela e uma subsidiária da PDVSA.
Entretanto, certos ativos são resguardados pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.
O governo temporário liderado por Juan Guaido, que foi destituído no final do ano passado por decisão da assembleia, havia contratado aproximadamente oito escritórios de advocacia para representar empresas e acionistas. Um desses escritórios estava trabalhando para anular as obrigações financeiras de 2020 da empresa PVDSA, que havia dado a Citgo como garantia.
De outubro de 2020 a outubro de 2022, a legislatura de oposição da Venezuela aprovou desembolsos de quase US $ 30 milhões para os advogados; no entanto, conforme indicado no documento, ainda resta pagar $20,7 milhões.
No relatório da equipe de acusação do governo interino, os advogados alertam que a falta de ação na investigação dos processos poderia resultar na perda dos ativos no exterior.
Grupos de oposição asseguram que a segurança dos ativos no exterior não será afetada, mesmo após a saída do governo temporário do último mês, embora não tenham fornecido informações sobre o desfecho do processo judicial em andamento.
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