A produção de soja no Brasil está começando de forma gradual, de acordo com a AgRural.
De acordo com a consultoria AgRural, a colheita da safra de soja do Brasil para 2022/2023 alcançou 0,04% da área plantada do país na semana passada, em comparação com 0,2% no mesmo período do ano anterior.
A consultoria mencionou a suspensão das atividades de campo devido às condições úmidas em estados como Mato Grosso, importante produtor de soja.
Além disso, neste ano, a colheita de soja no estado do Paraná terá início em uma data posterior devido ao prolongamento do ciclo de colheita nas regiões oeste e sudoeste, onde as condições nubladas no início da temporada afetaram o crescimento das plantas.
No extremo sul do estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, onde ainda estão sendo plantadas as últimas áreas de soja, os agricultores estão apreensivos com o clima quente e seco, mas ainda não há confirmação definitiva do insucesso das colheitas.
A situação é diferente para o milho de verão plantado na área, pois a previsão é de que uma onda de calor possa danificar parte da safra, de acordo com informações da AgRural.
O Brasil obteve uma colheita de milho na região centro-sul do país equivalente a 2,3% da área plantada, o que representa uma queda em relação aos 3,1% colhidos no mesmo período do ano anterior.
Se as condições de clima quente e seco continuarem em janeiro, a capacidade de produção de soja no Brasil no estado do Rio Grande do Sul também sofrerá uma diminuição, conforme apontado pela AgRural.
Nas demais regiões do país, a produção agrícola está progredindo de forma positiva até o momento e há boas expectativas de rendimento na colheita de soja.
No mês de dezembro passado, a AgRural previu que a produção de soja no Brasil atingirá um patamar recorde de 153,6 milhões de toneladas durante o período de 2022/2023. Uma atualização dessas estimativas está prevista para ser divulgada em meados de janeiro.