Ganhadores e perdedores na nova era das taxas de corte do BCE.

Prevê-se que o Banco Central Europeu (BCE) inicie a redução das taxas de juros da zona do euro a partir dos níveis históricos desta semana, indicando uma clara diferença em relação à Reserva Federal dos EUA e ao Banco da Inglaterra. Isso implica que os investidores talvez precisem reavaliar a composição de seus investimentos à medida que a situação se transforma.
Nigel Green, CEO do Grupo deVere, afirma que é fundamental adotar uma estratégia que minimize os riscos e aproveite as novas oportunidades, à medida que o BCE se distancia de seus principais parceiros de bancos centrais.
Ele afirma que é altamente provável que o BCE diminua as taxas na quinta-feira, após mantê-las inalteradas desde outubro do ano passado, seguindo 10 aumentos consecutivos.
O movimento foi amplamente indicado por economistas, que expressaram preocupações sobre a divergência entre a Reserva Federal dos EUA, o Banco da Inglaterra e outros bancos centrais.
Entretanto, a persistência da inflação torna improvável que a decisão do BCE resulte em um ciclo de flexibilização monetária rápido.
Investidores que desejam proteger e aumentar seu patrimônio financeiro estão considerando diversos aspectos importantes neste novo período.
Os investidores podem optar por reduzir a duração de seus portfólios de obrigações para minimizar os efeitos dos cortes de taxa de juros, pois os títulos de resistência à fome são mais afetados por essas mudanças.
À medida que os ganhos convencionais dos títulos diminuem, é provável que os títulos de alto rendimento, também conhecidos como títulos de “junk”, proporcionem retornos mais atrativos. No entanto, essas opções acarretam um maior nível de risco, tornando essencial uma avaliação minuciosa do risco de crédito associado a eles.
Pode-se antecipar que eles estejam considerando investir não apenas na zona do euro, mas também em mercados emergentes ou títulos dos EUA, buscando obter rendimentos superiores e diversificar o portfólio.
Ele prossegue dizendo que as taxas de juros mais baixas costumam favorecer as ações de empresas em expansão, especialmente nos campos de tecnologia e inovação, devido à redução dos custos de empréstimos.
Estoques de alta qualidade se tornam mais atrativos à medida que os retornos dos investimentos em renda fixa diminuem. Investidores podem estar pensando em incluir em suas carteiras empresas robustas que pagam dividendos.
Os setores convencionais, como o mercado imobiliário e os serviços públicos, costumam ter um desempenho satisfatório em cenários de menor atratividade, portanto prevemos que alguns investidores ajustem suas carteiras para aumentar a participação nesses setores.
Mesmo com os cortes previamente realizados, a persistência da inflação ainda é motivo de preocupação.
Nos últimos tempos, tem sido notável a solidez dos indicadores econômicos da zona euro, levando os mercados a projetarem os possíveis cortes na taxa de juros pelo BCE ao longo do ano. Nossa previsão central prevê reduções em junho, setembro e dezembro.
Isso indica que os investidores continuarão a se proteger da inflação por meio de commodities e ativos tangíveis, bem como buscar ações de empresas capazes de repassar aumentos de custos para os consumidores sem perder negócios. Essas empresas costumam ser do setor de serviços essenciais ou de produtos básicos, que são considerados investimentos sólidos durante esses períodos.
Mudanças nas taxas de juros podem ter um grande impacto nos valores da moeda.
Nigel Green observa que na quinta-feira o BCE talvez esteja levando o euro a uma trajetória de desvalorização.
Investidores podem estar considerando estratégias de proteção, como contratos, opções ou ETFs de moeda, para se resguardar de oscilações desfavoráveis nas moedas. Optar por investir em ativos em moedas mais robustas, como o dólar americano, também pode servir como uma defesa contra a desvalorização do euro.
Com a Reserva Federal dos EUA adiando os cortes nas taxas de juros, os investimentos em ativos nos Estados Unidos tendem a se tornar mais atrativos.
É essencial espalhar investimentos por diversas regiões geográficas como uma estratégia para reduzir os riscos ligados a políticas e condições econômicas locais.
Devido à complexidade do cenário econômico atual, a orientação de consultores financeiros pode oferecer insights importantes e estratégias personalizadas para enfrentar essas transformações com eficiência.
O CEO da DeVere destaca que os cortes na taxa de juros do BCE trazem tanto riscos quanto oportunidades, representando um momento crucial para os investidores.
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