O principal perigo que uma empresa enfrenta é ter uma administração inadequada. Essa é a opinião de Warren Buffett durante sua mais recente reunião de acionistas, conforme relatado pelo gerente do fundo de investimentos.
Estou de acordo. Analisar a administração de uma empresa é uma das tarefas mais cruciais para um investidor, porém é uma atividade complexa e mais baseada na intuição do que em métodos científicos.
Paráfrase: O sócio de negócios de Buffett, Charlie Munger, é conhecido por dizer: “Tudo o que preciso saber é onde vou morrer para nunca ir lá”. Eu costumo encarar a tarefa de avaliar a administração de uma empresa de modo parecido.
A seguir, descrevo uma lista de indicadores de alerta, sem uma ordem específica, que funcionam como sinais de aviso para mim. Alguns são bastante comuns e não são necessariamente motivos para evitar investir em uma empresa, mas a presença de uma combinação deles poderia ser motivo de preocupação.
Sinais de alerta para ficar de olho
- Ênfase demasiada em elementos que fogem ao controle da gestão, como o lucro trimestral e o valor das ações, em contraposição a aspectos como a felicidade do cliente e dos funcionários.
- Excesso de otimismo, acompanhado por uma propensão à superprodução e à falta de cumprimento. Promessas vazias sem respaldo em ações.
- Ênfase demasiada no aumento sem abordar adequadamente os resultados financeiros.
- Frequentemente, evitar dar uma resposta direta à pergunta feita.
- Altamente focado em promoção – maior ênfase em vender uma narrativa do que em explicar o funcionamento do negócio.
- Aprecie o uso de linguagem técnica e confusa, que parece não conseguir explicar as coisas de forma direta.
- Uma predisposição para estabelecer diretrizes de curto, médio e longo prazo, aliada a um desejo de reduzir despesas para cumprir essas diretrizes.
- Falta de atenção aos detalhes, indicada por declarações vagas sem respaldo em dados concretos, ausência de indicadores de desempenho fundamentais, entre outros problemas.
- Falta de clareza na comunicação oral e escrita.
- Falta de sinceridade junto com uma relutância em reconhecer falhas.
- A relutância em abordar pontos a serem aprimorados, mesmo quando solicitado.
- Frequentemente atribuir a responsabilidade por maus resultados a fatores externos, como o clima.
- Uma visão empresarial de curto prazo.
- Uma falta de entendimento sobre as áreas em que a empresa possui vantagens competitivas.
- Falta de direcionamento, demonstrada por tentativas duvidosas de diversificação ou resistência em avaliar a possibilidade de se desfazer de ativos.
- Uma ausência de raciocínio independente.
- Manter em segredo ou não divulgar informações relevantes.
- Uso frequente de itens especiais, alterações regulares na contabilidade e outras práticas financeiras questionáveis, junto com um enfoque em métricas ajustadas, como o EBITDA ajustado.
- Práticas contábeis mais agressivas em comparação com outras empresas do mesmo setor.
- Reformulação contínua e alterações na abordagem de negócios.
- Metas em contínua movimentação, alterando formatos de relatórios departamentais, o que torna complicado acompanhar o avanço.
- Muito tempo sendo dedicado às interações com investidores.
- CEO vistoso, pretensioso, seguro de si e/ou excessivamente controlador (como por exemplo, não permitir que o CFO tenha voz nas decisões).
- Atitude defensiva, particularmente ao lidar com perguntas desafiadoras.
- Indulgente, frequentemente diminuindo os perigos reais e as potenciais ameaças ao empreendimento.
- Excesso de confiança ao emitir ações para financiar projetos de expansão com retornos duvidosos.
- Remuneração excessiva, estrutura inadequada (como o preço das ações de um ano em relação ao desempenho lucrativo) juntamente com a propriedade limitada de ações por parte dos diretores.
- Excesso de utilização de empréstimos/pagamento.
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